"Das campinas estreladas do sem-fim, sorrio uma brisa pelos 300 anos da Vila de São João del-Rei. Então, exala de minha volta perfumes de jasmins e manacás dos antigos jardins do Largo da Cruz.
Percebo que minha alma suspira halos de incenso como o que costuma cobrir com um véu de fumaça o andor do Senhor dos Passos quando a Orquestra Ribeiro Bastos executa o Popule Meus, tanto que amo minha terra.
Três séculos se renovaram. Agora são outros tempos. Não uso mais diademas de ouro, alianças de prata, anéis de ametistas, broches de diamantes, camafeus de esmeraldas nem brincos de rubi.
Da eternidade à memória, percorro todos os tempos, estou em toda parte. Mão me miro mais em grandes espelhos de cristal. Me vejo no brilho dos olhos das crianças, dos jovens, dos maduros e dos mais vividos da tricentenária São João del-Rei."
Bárbara Eliodora Guilhermina da Silveira
São-joanense. Poetisa inconfidente
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