Lembrando o nome de um deles, chegamos ao Capitão de Cavalos João Antunes Maciel, que se estabeleceu no vale do Rio das Mortes logo depois da descoberta do ouro e em 1709 se distinguiu na Guerra dos Emboabas, pela coragem e bravura com que defendeu a região atacada pelos paulistas. Dois anos depois fez parte da tropa que seguiu como auxílio de Minas ao Rio de Janeiro no combate à invasão francesa.
Por tudo isso, em 10 de dezembro de 1713, Antunes Maciel foi designado pelo Governador da Capitania de São Paulo e Minas de Ouro, Dom Braz Baltasar da Silveira, Tenente Coronel do Regimento instalado na Comarca do Rio das Mortes.
Morando na Vila de São João del-Rei, em 1717 lançou imposto do quinto do ouro sobre 18 escravos e, em 1718, entrou para a Irmandade do Santíssímo Sacramento. Sua mãe, Joana Garcia, possivelmente também naquela época morava aqui, pois possuía 6 escravos nesta vila.
Nascido em São Paulo, em 24/10/1674, João Antunes Maciel morreu em 1726, aos 52 anos, quando comandava uma tropa que transportava 4 arrobas e 700 oitavas de ouro das Minas de Cuiabá para São Paulo. Arrecadada como imposto, esta riqueza pertencia ao Quinto Real.
Além de registro nos documentos antigos e em alguns livros de história, João Antunes Maciel é um nome desconhecido e sem importância para a população de São João del-Rei. Este lapso para com a história bem poderia ser corrigido, dedicando-lhe um marco e dando seu nome a um espaço público importante na cidade. Nem que fosse ao pequeno largo e chafariz que ficam nas imediações do Fortim dos Emboabas (foto) situado na subida do Morro das Mercês - caminho setecentista dos mineradores e faiscadores que há trezentos aos catavam ouro e sonho na Serra do Lenheiro.
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Fonte: CINTRA, Sebastião de Oliveira. Efemérides de São João del-Rei. Volume II, 2a edição revista e aumentada. Imprensa Oficial de Minas Gerais, Belo Horizonte, 1982.
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